sábado, 31 de janeiro de 2009

TEMPO


Um dia voltei a acreditar... acreditei que era possivel, fizeram-me acreditar novamente porque um coração não morre… teima em viver… em querer em acreditar… Depois… veio o fim… o fim de tudo! Agora o coração está morto, presso para sempre num iglo gelado… onde não existe calor, onde o sol deixou de brilhar, a escuridão invade tudo, tudo ficou frio sem cor e sem brilho… Fico a imaginar como serão os dias que se avizinham que se estendem à minha frente… Será que as flores voltaram a nascer? Será que a primavera voltará um dia? O tempo… esse amigo… esse inimigo cruel que não pára… implacável, sempre na mesma velocidade… uns dias tão lento, outros tão acelarado… não consigo pensar… Pergunto porquê??? Não existem respostas… Elas escondem-se na escuridão… a tristeza invade as manhãs frias… as lágrimas teimam em rolar quando já deveriam ter secado… As noites vem calmas… frias… humidas… sem luz… nada pode apagar a tristeza que consome o meu coração… E o Tempo sempre a espreitar… que me segreda baixinho “deixa-me passar…” e eu… eu deixo, e choro baixinho entregue à solidão que me invande misturada com uma tristeza profunda que sufoca o meu coração gelado! Fico a ver esse amigo a passar sem dizer nada sem poder fazer nada, ele passa e sorrir… volta a segredar-me… "um dia vais voltar a sorrir para mim!" Olho para ele sem conseguir acreditar no que me está a segredar… mas ele sabe! Sabe mais do eu!

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