sábado, 31 de janeiro de 2009


Um dia chegaste, e eu abri as portas do meu coração, da minha vida, da minha casa… Quis ser feliz, pensei que te podia fazer feliz. Foste entrando e eu dando, sempre dando… quando um dia expressaste o teu desejo maior, eu por amor, ou por querer que fosses feliz… Dei-te… Dei-te o bem mais preciso que uma mulher pode dar.
Achei que ias ficar feliz, mas os dias e os meses foram passando lentamente… e a distância ficou cada vez maior… abriu-se um fosso… um fosso que foi ficando a cada dia mais fundo… e sem que eu me desse conta… Já não era aquilo que tu querias… Odiavas-me, só o facto de te pedir para colocares a mão na minha barriga… Te deixava angustiado… eu notei… notei um dia… notei dois… e por fim já nada havia nada a fazer. Deitas-te tudo pelo ar… e foste tal como viste!
Amor? Essa palavra não existe… Nunca a sentiste… Eram só mentiras!
Amor é compreensão!
Para desculpares as tuas mentiras e traições e todos os erros que cometeste, inventaste mentiras sobre mim! Mentiras essas que serviram apenas para iludir pessoas que não me conhecem. Porque quem me conhece sabe bem quem sou, não preciso de provar a ninguém.
Louca??? Doida??? Podes dizer a quem quizeres que o sou! E fui ... Por te ter aberto a porta da minha casa e ajudado a começar uma vida nova, uma vida que tu querias, para poderes fugir dos erros e da desgraça que causaste a tantas outras pessoas na tua terra! Tens razão fui louca... Por ter acreditado em ti! Por te ter amado! Agora apenas sinto...
Raiva?? Desprezo??? Posso sentir tudo isso é verdade! Até porque o estado em que me deixaste… não se pode dizer que abone muito para me sentir de outra forma! Mas… Não seria mais fácil que em Abril me tivesses dito que não dava e tudo acabava ali! Simples!!!
Viver contigo seria um martírio… Eu sei disso! Mas só queria saber PORQUEÊ???? Porquê??? Tanta mentira… E pensar que nem há dois meses atrás quando eu te falava nas minhas dúvidas e inseguranças relativamente a ti… tu me respondias: “…nem me devias perguntar uma coisa dessas, eu nunca te vou deixar! Nunca… e o “AMO-TE” que tu repetias vezes sem conta… com é possível alguém mentir TANTO! Como é possível
EU TER ACREDITADO tão cegamente!!!
Ninguém com o mínimo de dignidade faz o que fizeste! Eu sei que nunca terás dignidade e coragem para responderes. A tristeza passa… Mas a mágoa essa nunca desaparece…
A minha filha vai ser feliz, feliz com a mãe, porque o pai a abandonou mesmo antes dela conhecer o mundo!
Essa é a verdade! E tu tens de a enfrentar!
Ela vai conhece-la contada por alguém que a ama incondicionalmente, alguém que dá a vida por ela. Esse alguém sou eu!
Conseguiste despir-me de tudo mas, o amor pelos meus filhos nunca o conseguirás destruir.

2 comentários:

  1. Sabes...revejo-me neste texto...muito!
    Bj grande.

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  2. Este texto é mto triste! Chorei muito quando o escrevi!... Espero que encontremos o nosso caminho e a mágoa seja levada pelo vento

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